E AGORA?
Cada
vez mais os CEO´s se preocupam em aumentar de uma forma global a performance
das suas equipas e recorrem à influência que o espaço tem sobre as pessoas,
para, através do espaço, alterar pessoas e negócios. Para atingir resultados!
Desde
o princípio do século passado que se estuda a influência que o espaço tem no
comportamento das pessoas, no bem-estar e na produtividade, também sabemos que
o aumento dos níveis de bem-estar e redução dos factores de stress vão promover
a produtividade. Muitos são os arquitectos, sociólogos e psicólogos que se tem
dedicado ao estudo do espaço e à forma como os seus elementos interferem no
trabalho, no que se refere à estrutura, à forma, aos materiais e às cores. À
forma como estes elementos interferem no ser humano, contribuindo para o
aumento do bem-estar e o sucesso dos seus utilizadores.
Os
CEO´s começaram a reconhecer que, para além do negócio e do capital humano,
tinham no espaço uma ferramenta de gestão muito útil para implementar os
objectivos estratégicos. Neste sentido, o espaço assume um papel mais
importante no que se refere à gestão ou a implementação de novas atitudes. Não
podemos esquecer que, para uma empresa, o espaço de escritório é a
materialização física das relações que se estabelecem dentro dele, entre
colaboradores e clientes.
No
mundo dos negócios e das empresas tudo tem vindo a mudar.
O desenvolvimento das
novas tecnologias leva a que as comunicações se tornem mais rápidas, que se
estabeleçam mais relações, mas menos profundas, à desmaterialização física de
pastas e armários de arquivo, à redução da dimensão das ferramentas de
trabalho, consequentemente à redução da área de trabalho. Com o aumento da
mobilidade, as pessoas passaram a poder trabalhar em vários locais, mesmo
dentro da empresa.
Estes
factores levam a que o espaço seja pensado de uma forma mais versátil, que
permita que as pessoas o utilizem de forma diferente, vamos ter mais espaços
com muito mais versatilidade, para enfrentar os novos desafios.
Os
novos desafios levam a que se pense os negócios de forma diferente. Cada vez
mais temos de fazer coisas diferentes dentro do âmbito das nossas funções.
A
alteração leva a olhar para 5 vectores determinantes para o sucesso no trabalho
e na vida de uma forma geral, são eles: flexibilidade, criatividade,
visibilidade, estabilidade e rentabilidade, isto quer dizer que temos de ser
mais “flexíveis”, de saber adaptar aos novos desafios. Para os ultrapassar è
preciso ter “criatividade” para encontrar as soluções. Aliás para 80% dos
gestores, um dos factores que mais
valorizam num colaborador é a criatividade. A forma criativa com que se responde
ou se encontram soluções. A “Visibilidade” também se torna essencial, com o
aumento da concorrência e desenvolvimento de redes, que fomentam o aumento do
número de relações que estabelecemos, temos de estar visíveis e ser relembrados
por factores positivos. Precisamos de ser relevantes. Com o aumento do número
de relações pouco profundas que estabelecemos devido ao uso das tecnologias,
temos de fomentar factores de “Estabilidade”, que é outro dos pilares que
promove a sustentabilidade do negócio. Por último, temos a “rentabilidade” que
é encarada a vários níveis, desde o aumento da produtividade, passando por uma
gestão eficiente de pessoas e espaços. Estes 5 factores de sucesso estabelecem
entre si um ciclo de produtividade. Alimentam-se mutuamente. Um produz o outro,
no sentido em que é preciso
Flexibilidade para se encontrar Soluções criativas e diferentes, que nos
projectem através da comunicação, com a Visibilidade temos obter a Estabilidade
suficiente para dar resposta ao reconhecimento e promoção. Por outro lado temos de conseguir concretizar
e materializar o nosso negócio através da rentabilização. Ou seja flexibilidade
promove criatividade, criatividade permite a visibilidade, visibilidade permite
criar estabilidade e a estabilidade permite a rentabilidade e assim
sucessivamente em ciclos constantes, mas não repetitivos.
Por outro lado o reconhecimento da
necessidade do aumento do bem-estar e da redução do stress são aspectos que
podemos trabalhar quando intervimos no espaço, na procura do aumento da
performance.
Se
o novo paradigma obriga a uma mudança na gestão, nas atitudes, nas pessoas e
nas suas relações, então essa mudança deve de ser suportada pela alteração de
um dos factores que muito influencia: o Espaço.
Hoje
uma questão é levantada a quem interfere no mundo empresarial, sobretudo aos
projectistas: como é que em menos espaço colocamos mais pessoas, como
aumentamos os níveis de bem-estar, como estimulamos o trabalho em equipa, a
criatividade e a produtividade, no fundo como aumentamos a performance?
A
resposta está numa intervenção integrada entre o espaço, as pessoas e o
negócio.
Seguramente
que a solução também passa pela alteração dos pressupostos na concepção do
espaço de trabalho, sobretudo aqueles que promovam o aumento do bem-estar, a
flexibilidade, a criatividade, o trabalho em equipa e os resultados.
Revista euAu